Blog: Muito Mais que Seguro

Postado em 05 de mai de 2017

Detran/RS divulga perfil do motorista profissional no Rio Grande do Sul


O motorista profissional gaúcho é um condutor experiente. Cinquenta e dois por cento dos habilitados para dirigir profissionalmente tem mais de 20 anos de CNH. Outros 36% tem entre dez e 20 anos de habilitação.  Motofretistas, taxistas, caminhoneiros, motoristas de ônibus, micro-ônibus, tratoristas são predominantemente homens e estão distribuídos em variadas faixas etárias.  Embora mais expostos no trânsito, eles não cometem mais infrações que os não profissionais. As informações constam no levantamento do Detran/RS para o Dia do Trabalho, que traçou um perfil dos condutores gaúchos aptos para exercer atividade remunerada com o veículo.

No total, são 684 mil motoristas com o registro na CNH, sendo 76.549 que podem exercer atividade remunerada somente com a categoria B (automóveis), 522.776 com as categorias de veículos pesados (C, D e E) e 403.334 com a motocicleta. Atualmente, o Detran/RS possui o registro de 342.018 veículos de placa vermelha (categoria aluguel, que engloba o transporte de cargas e passageiros), entre eles 186 mil caminhões, 16 mil automóveis, 28 mil ônibus e quase 10 mil motocicletas.

As mulheres ainda são minoria na atividade. Enquanto elas são 34% do cadastro de condutores, entre os profissionais elas representam somente 4,8%. São 33.090 mulheres aptas a dirigir profissionalmente no Estado, contra 650.915 homens.  Motoristas que exercem atividade remunerada com o veículo distribuem-se entre as mais variadas faixas etárias, mas 30% estão entre os 31 aos 40 anos.

Mesmo dirigindo mais tempo do que a média do condutor que não exerce atividade remunerada, o percentual de infrações registradas de condutores profissionais não é muito maior do que a sua participação no cadastro de condutores: 18% das infrações com condutores identificados em 2016 foram cometidas por profissionais, grupo que representa 14% do total de condutores. Em primeiro lugar no ranking das infrações mais cometidas está o excesso de velocidade, que representa metade de todas as infrações registradas.

Segurança

O Detran/RS tem trabalhado com esses públicos para buscar reduzir os riscos na atividade laboral e os índices de acidentalidade envolvendo profissionais. Desde 2016, um grupo de trabalho que reúne empresas de transporte de passageiros e cargas estuda políticas de segurança para motoristas de ônibus e caminhões. No final do ano passado, foi criado um grupo de trabalho para pensar também a segurança dos motociclistas. O GT reúne, além do sindicato dos motoboys e mototaxistas, órgãos de fiscalização, secretaria de saúde e representantes da Justiça do Trabalho.

“Não há como falar em segurança dos profissionais do volante sem discutir as relações de trabalho. O empresário não pode exigir tabelas de horários que comprometam a segurança do trabalhador e dos demais usuários do trânsito. No caso dos motofretistas, a própria sociedade que reclama do comportamento do motoboy no trânsito, exige a entrega rápida”, avalia o diretor-geral do Detran/RS, Ildo Mário Szinvelski. “Os grupos de trabalho servem para avaliar a conjuntura e propor medidas em várias frentes. A responsabilidade pela segurança não é somente dos órgãos de trânsito. É de cada instituição envolvida e de cada pessoa individualmente”.

 

Fonte: Detran/RS

 

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